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Presidente da Alerj diz que 'RJ está sem governador'

Na avaliação dele, crise do Rio está 'um grau acima em termos de gravidade'.
Picciani diz que governador em exercício precisa de mais autonomia.


Do G1 Rio

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Jorge Picciani, afirmou, em entrevista ao RJTV 1ª edição desta sexta-feira (6), que o Rio de Janeiro vive uma situação de extrema gravidade e que o governador licenciado Luiz Fernando Pezão deveria dar mais autonomia ao governador em exercício, o vice Francisco Dornelles.


Deputado Estadual Jorge Picciani (PMDB_RJ)

“O Estado vive uma situação gravíssima, o país vive uma situação grave e o Rio de Janeiro um grau acima em termos de gravidade. Temos um governador licenciado por doença, e essa tem se dado de 30 em 30 dias. É preciso que o governador Pezão compreenda que ele precisa dar condições ao vice de ter mais autonomia nesse momento de crise, se afastar por um período maior e assim que ficar bom, retornar. Estamos com dois governadores e sem nenhum governador. Quem tem dois não tem nenhum”, garantiu.

Ainda segundo Picciani, devido à situação instável em que o governador em exercício se encontra, a situação do Rio ficou ainda pior. “Com essa interinidade de 30 dias, mesmo tendo grande capacidade, o Dornelles não tem condições de fazer aquilo que precisa fazer, que é corte profundo, redução de secretarias, demissão de cargos de confiança e propor à assembleia uma agenda mínima que permita estruturar as finanças do Estado. Nós fizemos isso no primeiro ano. Demos R$ 13,5 milhões a mais para o Pezão. Infelizmente, o dinheiro foi gasto de forma a achar que iam continuar surgindo mais recurso, não verificaram o nível de gravidade da economia nacional e da economia regional”, criticou Picciani.

Para o presidente da Alerj, os seis primeiros anos de gestão do ex-governador Sérgio Cabral mudaram a história da administração. “O Joaquim Levy colocou gestão na Fazenda, você sabia o dia que se pagava, o dia que todos recebiam, isso reduzia o custo do estado. Infelizmente do ano de treze (2013) e quatorze (2014) veio se perdendo condições. A economia nacional veio piorando e o estado continuou gastando como se estivesse nos seis primeiros anos, onde as receitas tributárias cresceram em níveis real 7% ao ano”.

Uma decisão equivocada na véspera da eleição de 2014, segundo Picciani, teria contribuído para aumentar a dívida do estado. “No ano de quatorze o governador Pezão tomou uma decisão equivocada quando deu, na véspera das eleições, um aumento salarial muito acima da inflação à quarenta e sete, quarenta e nove categorias. Isso vai para o aposentado e pensionista depois ele reclama que aumentou o déficit do Rio Previdência. Ele ajudou a aumentar. Então, houve uma decisão equivocada e não houve a capacidade de enxergar o que estava havendo”, garantiu.


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