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Militares da Força Nacional são atacados a tiros na Maré, Rio

Eles teriam entrado por engano na Vila do João e carro foi baleado.
1 militar foi ferido gravemente, segundo ministro da Justiça.


Do G1 Rio

Uma equipe da Força Nacional foi atacada a tiros na tarde desta quarta-feira (10) no Conjunto de Favelas da Maré, na Zona Norte do Rio. Um policial foi baleado na cabeça e levado em estado grave para o hospital. A equipe estava a caminho do Centro, entrou por engano na Vila do João, uma comunidade dominada por traficantes, e foi atacada numa localidade conhecida como Boca do Papai.


Motorista do carro foi atingido na cabeça e socorrido em estado grave
Motorista do carro foi atingido na cabeça e socorrido em estado grave

Segundo ministro da Justiça, Alexandre de Moraes:
- o capitão capitão Alen Marcos Rodrigues Ferreira, que atua em Cruzeiro do Sul, no Acre, teve ferimentos leves;
- o soldado Rafael Pereira, do Piauí, escapou ileso; e
- o soldado Hélio Andrade, de Roraima, foi ferido gravemente.

Hélio Andrade, 37 anos, está no Rio desde 2015 e foi atingido com um tiro de fuzil na testa e perdeu muita massa encefálica, segundo apurou o G1.

"Nós temos em relação ao soldado Hélio um ferimento grave. Diferentemente do que vem sendo noticiado, e por isso a importância, eu resolvi falar antes da nossa reunião no CICC, ele não faleceu. Ele está sendo operado, o neurologista já está há quase duas horas operando, fazendo a transfusão de sangue necessária, e nós acreditamos que ele vai sobreviver a isso", afirmou o ministro.

Moraes afirmou que, segundo a Força Nacional, os militares erraram o caminho, entrando indevidamente na comunidade. Disse também que dois suspeitos do ataque já foram identificados. "Duas pessoas já foram identificadas e nós vamos atuar para prender essas pessoas rapidamente."

O soldado Hélio, de Roraima, foi baleado na cabeça e levado ao Hospital Salgado Filho, onde foi submetido a uma cirurgia de emergência. Já o capitão Alen foi atingido de raspão no rosto.

Em áudio, o terceiro militar envolvido no ataque contou que foi socorrido por um taxista. "Um táxi está me dando um apoio, está me levando para o hospital", contou. Ainda segundo o militar, homens do Exército foram ao socorro da equipe. "Eu fui atingido, o capitão Alen foi atingido, o motorista foi atingido. Tem um outro combatente também, ele tá atingido, ele ficou fora da viatura. A equipe do Exército está lá perto", diz ele.

A Força Nacional foi designada pelo Ministério da Justiça e Cidadania para cuidar da segurança de todas as instalações de competições da Olimpíada e Paralimpíada do Rio. Ela é formada por policiais militares, civis, bombeiros e peritos.

Todos os agentes da Força Nacional passaram por vários cursos de capacitação e outros treinamentos. Eles são dos 26 estados e também do Distrito Federal. A formação começou há mais de um ano, em Brasília e a maior parte do contingente é formada por PMs.

Família do militar a caminho do Rio

 
O comandante-geral da PM em Roraima, coronel Dagoberto Gonçalves contou ao G1 que o soldado Hélio Andrade mora no Rio desde o ano passado.

A corporação comunicou à família dele o ocorrido. Os parentes se prontificaram a seguir para a capital fluminense.

"Já comunicamos a família do militar aqui no estado e alguém deve ir ao Rio de Janeiro para acompanhar o estado de saúde dele", disse Gonçalves, acrescentando que a Polícia Militar de Roraima está acompanhando toda a situação.

Mulher de capitão se diz abalada

 
O capitão Alen Marcos Rodrigues Ferreira é um dos 180 policiais militares do Acre que foram enviados ao Rio de Janeiro para integrar a Força Nacional durante a Olimpíada. Ele é lotado oficialmente em Cruzeiro do Sul.

Embora tenha recebido informações de que, mesmo ferido, Ferreira está bem, a mulher dele, Lucélia Rocha, de 25 anos, disse ao G1 que está abalada com o ocorrido.

“A única informação que tenho é que ele está bem. Só sei disso. Ainda não consegui falar com ele”, disse Lucélia.



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